O Governo do Estado de São Paulo inicia 2021 anunciando um enorme reajuste no ICMS de vários produtos.

Em um momento de total instabilidade econômica e em plena pandemia de Covid-19, a última coisa que o empresário precisa neste momento é do aumento em qualquer tipo de imposto. Ao contrário, é hora do Governo dar incentivo fiscal para estimular os negócios e fazer com que a economia volte a crescer.

O aumento do ICMS irá afetar todos os produtos da cesta básica, que sofrerão reajustes significativos de preços e que irão atingir todos os setores da economia, inclusive o segmento o qual representamos.  O Comércio Varejista teve que manter suas portas totalmente fechadas por 96 dias no ano passado. Para a retomada gradual, tivemos que nos adaptar, investir em EPIs, em estrutura para atender os protocolos sanitários. Muitos não conseguiram se manter, outros ainda estão tentando… Porém, já fragilizado e sem o poder de consumo da população, o varejo irá sucumbir.

Muitos produtos que eram isentos de ICMS agora passarão a pagar o imposto, como os ovos com uma alíquota de 4,14% e a ração, que passa a ter tributação de 4,14%. Outros sofrerão aumento, como as máquinas e implementos, que tiveram alíquota alterada de 0,9% para 4,86% e as embalagens, que passarão de 7% para 9,4%. O diesel e o etanol foram aumentados de 12,00% para 13,3% de imposto e a energia elétrica, passa de isenta para tributada em 12% no caso de consumo superior 1.000kWh/mês.

O ICMS é um tributo em cadeia que incide em todas as etapas de produção. Estima-se que o impacto desse aumento no varejo chegue a 30% no preço final!! INADMISSÍVEL.  Nesse sentido, nos juntamos ao movimento do setor agropecuário contra o aumento, em REPÚDIO À INICIATIVA DO GOVERNO DO ESTADO. Já houve um anúncio de cancelamento de parte dos aumentos das alíquotas, mas neste momento devemos nos unir para que haja a REVOGAÇÃO TOTAL DA LEI. Vamos juntos, todos os setores econômicos e população, impedir que esse absurdo aconteça, já que os Deputados Estaduais que nos representam e que deveriam nos defender, não o fizeram.

Paulo Roberto Gullo – Presidente Sincomercio São Carlos

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